O primeiro exoplaneta a ter a cor identificada foi o HD 189733b, localizado a 63 anos-luz da Terra. Para investigar sua coloração, os pesquisadores usaram o espectrógrafo do Telescópio Hubble. O aparelho mediu as mudanças na luz refletida pelo planeta durante toda a sua órbita e concluiu que, assim como a Terra, o HD 189733b é azul. A descoberta foi feita no ano passado e, meses mais tarde, um planeta cor-de-rosa foi encontrado — o GJ 504b.
"Se pudéssemos viajar para esse planeta, veríamos um mundo ainda brilhando com o calor de sua formação, com uma cor que lembra flores de cerejeira, um magenta escuro", afirmou Michael McElwain, pesquisador do Centro de Voo Espacial Goddard da Nasa, em Maryland, nos Estados Unidos, que participou da descoberta.
Astrônomos amadores utilizaram dados do telescópio Kepler para identificar um planeta que tem o céu iluminado por quatro sóis. O planeta, batizado de PH1, situado a cerca de 5.000 anos-luz da Terra, está em órbita de dois sóis, sendo que outras duas estrelas giram em torno destes. Segundo os astrônomos, apenas seis planetas são conhecidos por orbitar dois sóis, mas nenhum deles tem outras estrelas em órbita nos seus sistemas.
Uma equipe de pesquisadores descobriu que o planeta TrES-2b — localizado a 750 anos-luz da Terra — é o mais escuro já observado. Com tamanho similar ao de Júpiter, o gigante gasoso orbita sua estrela a uma distância de apenas 4,8 milhões de quilômetros (Sol e Terra estão separados por 148,45 milhões de quilômetros). Mas ele reflete apenas 1% da luz solar nele projetada. "O TrES-2b reflete menos luz do que a tinta acrílica preta", compara o astrônomo David Kipping.
Em 2012, astrônomos descobriram um exoplaneta composto por diamante e grafite orbitando uma estrela semelhante ao Sol na constelação de Câncer, a 40 anos-luz de distância. Denominado 55 Cancri-e, o planeta havia sido detectado pela primeira vez em 2004, mas só então os cientistas conseguiram confirmar a sua composição.
Uma estimativa da Nasa de 2013 revelou que há pelo menos 17 bilhões de planetas do tamanho da Terra na Via Láctea. Ao menos uma em cada seis estrelas da Via Láctea tem um planeta do tamanho da Terra em sua órbita — e a estimativa é de que existem 100 bilhões de estrelas na nossa galáxia. Para ser habitável, um planeta deve estar a uma distância de sua estrela que permita evitar temperaturas extremas e que a água possa existir em estado líquido, algo essencial para a vida.